Se James Bond se dedicasse aos ralis – e é seguro assumir que as suas capacidades ao volante estão à altura – estaria na Europa Central na próxima semana.
O Campeonato do Mundo de Ralis da FIA é sobre desporto, competição e, claro, aventura. E esse sentido de aventura é mais evidente em eventos como a penúltima ronda da série, o Rali da Europa Central (17 a 20 de outubro).
Pleckensteiner Wald é o local ideal se estiver na Alemanha. Já lá está? Então dê um passo para a direita. Bem-vindo à Áustria. E agora um passo à frente… olá República Checa. Três países em três passos. O aspeto tri-nacional do evento traz um fascínio único à época do WRC – bem como o cenário de faz-de-conta para algumas histórias de espionagem e intriga ao estilo 007. Há sempre algo de excitante numa fronteira internacional, por isso ter três num só rali é um verdadeiro prazer.
Para além das fronteiras, a paisagem é bastante semelhante e é uma das mais deslumbrantes da temporada. É certo que as montanhas estão um pouco aquém dos Andes sul-americanos – cujos contrafortes proporcionaram a ação da ronda 12 há apenas três semanas – mas não deixam de ser impressionantes. E quando não são os picos, são os bosques que chamam a atenção. Bávaros ou boémios, dependendo do lado da fronteira em que se está, os bosques são lindos.
Em termos de competição, o CER é um dos ralis mais desafiantes do ano. Quando pensamos que temos o cenário bem definido, as nuvens aparecem. Não está a chover aqui, mas ali pode ser uma história muito diferente. E debaixo daquelas árvores? Húmido ou seco? Vai ver, mas com cuidado.
E tudo isto numa arena que traz fãs de toda a Europa Central. O último capítulo europeu do WRC 2024 vai ser tão fascinante como os 12 que o antecederam.
Quem precisa de Ian Fleming quando se tem o Campeonato do Mundo de Ralis da FIA…?