Esapekka Lappi recebeu os elogios e conquistou os pontos com uma corrida limpa na segunda etapa do Rali da Suécia, hoje (sábado), enquanto se aproxima da sua primeira vitória no Campeonato do Mundo de Ralis da FIA em seis anos.
Ao terminar a segunda etapa na frente, o piloto do Hyundai i20 N Rally1 Hybrid somou provisoriamente 18 pontos no WRC, que serão adicionados ao seu registo de época se chegar ao final do rali no domingo à tarde, de acordo com as novas regras para 2024.
No início da ação de sábado, Lappi liderava a prova de gelo e neve com 3,2 segundos de vantagem, depois do drama da primeira etapa de sexta-feira, mas foi pressionado por Takamoto Katsuta, que reduziu a sua vantagem para 0,9 segundos com uma investida determinada nos 15,65 km de Vännäs, que abriram o dia.
Mas Lappi foi deixado para trás quando Katsuta mergulhou o seu Toyota GR Yaris Rally1 Hybrid num banco de neve a 3,4 km do início da SS10, enquanto pressionava o seu rival finlandês pela primeira posição.
Apesar da sua confortável margem, que se situava em 1min 31,6s após a PE10, Lappi admitiu que encontrar o equilíbrio entre atacar e manter a liderança estava longe de ser fácil. Tal como os seus colegas pilotos, Lappi também teve de se concentrar na preservação dos seus pneus em estradas cada vez mais danificadas. Mas o vencedor de uma prova do WRC completou a corrida de sábado sem incidentes e vai levar uma vantagem de 1min 06.3s para a etapa decisiva de domingo.
“Não foi muito mau,” disse Lappi sobre os seus esforços de sábado. “Tenho tentado poupar os pneus durante toda a tarde e continuar a ser inteligente em termos de ritmo. É [difícil medir o ritmo], não estou muito habituado a isso, por isso não é a tarefa mais fácil do mundo. Mas está tudo sob controlo”.
Enquanto Lappi vai para domingo com os olhos postos na vitória, Katsuta espera não sair da Suécia de mãos vazias. Para além de restaurar o seu orgulho, o objetivo do piloto japonês no domingo são os sete pontos em disputa pelo topo da classificação da terceira etapa, mais os cinco pontos oferecidos pelo tempo mais rápido da Wolf Power Stage.
Sobre a sua saída na manhã de sábado, Katsuta disse, desanimado: “Fizemos um bom tempo na primeira etapa para ganhar tempo e para aumentar a diferença entre mim e o EP [Lappi]. Queria continuar a insistir, talvez até mais, para ganhar mais tempo, mas obviamente estava a esforçar-me muito e, numa das curvas, fui um pouco mais rápido, parti a traseira e bati no banco de neve. Ficámos presos e não conseguimos sair”.
Num dia que produziu cinco vencedores das sete etapas programadas e que também marcou o 68º aniversário do chefe da M-Sport, Malcolm Wilson, Adrien Fourmaux destacou-se a bordo do seu Ford Puma Rally1 Hybrid.
Depois de ter despromovido o líder do WRC2, Oliver Solberg, na luta pelo terceiro lugar na PE9, Fourmaux passou para segundo quando Katsuta parou na etapa seguinte. O francês sublinhou ainda mais o seu potencial ao conseguir a sua quarta vitória de carreira no WRC na PE11, cimentando o segundo lugar da geral, que manteve durante toda a tarde, somando 15 pontos provisórios. Isto apesar de um susto nos quilómetros finais da PE15, quando se despistou num banco de neve depois de se ter distraído com o Puma do seu companheiro de equipa Grégoire Munster.
“Vi o vídeo [de Munster] e pensei que era a curva anterior”, disse Fourmaux. “Quando percebi que eles estavam lá, era tarde demais. Que dia bom, uma montanha-russa, altos e baixos, mas estou feliz, P2.”
Depois de ter sido prejudicado pela abertura da estrada durante grande parte da tarde de sexta-feira, Elfyn Evans perdeu a vitória na SS9 por 0,3 segundos, antes de o seu terceiro tempo na SS10 o ter elevado ao último degrau do pódio provisório, 11,4 segundos atrás de Fourmaux. Mas depois de o piloto da Toyota ter “apanhado um banco de neve no interior de uma curva” e ter “perdido muita potência” como resultado, regressou ao serviço do meio-dia 16,2 segundos atrás do francês voador. Com um olho na retenção dos pitões dos pneus durante as etapas 12-15, o galês está a 16,7 segundos de Fourmaux, em terceiro.
Ao terminar a corrida de sexta-feira em 11º da geral, devido a problemas de pressão de combustível que lhe custaram 40 segundos de penalização, Thierry Neuville ultrapassou Solberg em quarto na PE12, antes de estabelecer o melhor tempo na PE13, durante uma tarde passada a aperfeiçoar a afinação do seu Hyundai i20 N Rally1 Hybrid. Ele foi o mais rápido nas últimas três etapas do dia.
Atrás do quinto classificado do WRC2, Oliver Solberg, Sami Pajari ficou em segundo no WRC2 e em sexto na geral, quando Georg Linnamäe fez um pião no seu Toyota GR Yaris Rally2, perto do final da PE11. O estónio caiu para quarto na classe após o seu momento, mas despromoveu o campeão do WRC3, Roope Korhonen, na PE14, antes de ficar a 0,2 segundos de Pajari na PE15. Mikko Heikkilä, que recuperou de um pião em SS15, e Lauri Joona completam o top 10.
Ott Tänak, da Hyundai, e Kalle Rovanperä, campeão do mundo da Toyota, voltaram a arrancar na manhã de sábado, depois de se terem despistado na sexta-feira. Tänak venceu a SS9 desde o primeiro lugar na estrada, 1,2 segundos mais rápido do que Rovanperä. O finlandês impôs o ritmo na SS10, sendo 2,8 segundos mais rápido do que Tänak, que se queixou de falta de visibilidade numa secção de floresta. A dupla encontrou uma dificuldade especial no piso das etapas repetidas durante a etapa da tarde, com Rovanperä a reportar um problema de travões no final da PE14.
A etapa decisiva de domingo começa com duas visitas consecutivas ao teste de Västervik, significativamente alterado, antes da Wolf Power Stage – o mesmo traçado da etapa de Umeå de sábado à noite – a partir das 12h15 locais.
Uma classificação separada para as etapas de domingo atribui pontos aos sete primeiros (7-6-5-4-3-2-1). Os cinco pilotos mais rápidos na Wolf Power Stage também marcam pontos (5-4-3-2-1).
