A FESTA DESCEU AO RIO E O ESPECTÁCULO FOI GRANDIOSO NA ALMADA EXTREME SPRINT QUE ENCHEU O RECINTO DA ANTIGA LISNAVE
Seria difícil esperar melhor da primeira edição da Almada Extreme Sprint, competição que este sábado levou pilotos e máquinas aos antigos estaleiros da Lisnave, paredes meias com o rio Tejo, e que contou com milhares de espectadores, que desta forma validou a aposta do Clube de Motorismo de Setúbal e da Câmara Municipal de Almada.
Apesar das ameaças de intempérie, o sábado amanheceu solarengo o que ajudou naturalmente a encher as instalações da antiga Lisnave com a Almada Extreme Sprint, um evento que promete marcar o seu espaço no calendário nacional, pelo menos a ver pelo entusiasmo de todos os presentes e do empenho colocado desde a primeira hora pelo CMS e pela Câmara Municipal de Almada.
Desde muito cedo que Rui Madeira, um dos almadenses mais conhecidos nos desportos motorizados, começou a fazer alguns co-drives com vários convidados, acção que se foi repetindo ao longo do dia. Sempre que não havia acção na pista entrava o Ford Fiesta R5 tripulado pelo campeão do mundo de ralis de Grupo N em 1995.
Se o plantel em Almada prometia a competição confirmou. Pedro Leal, Carlos Fernandes e Daniel Nunes lutaram palmo a palmo pela vitória, procurando garantir o melhor tempo nos 2800 metros do percurso desenhado na Lisnave. Na primeira passagem Leal e Nunes ficaram separados por um escasso centésimo, mas Fernandes fez melhor e bateu a concorrência por sete segundos ficando desde logo com a vitória na mão.
No entanto, este acabaria por ser o desfecho final, pois por condições de segurança e com o furacão Leslie em aproximação ao território nacional, a Autoridade Nacional de Protecção Civil deu indicação para a evacuação do espaço, pelo que o CMS de imediato deu por concluída uma prova que deixou Nunes com um certo amargo de boca, por ter sido batido por um escasso centésimo.
De referir nesta competição que o melhor piloto de Almada seria Carlos Neves – Datsun 1200 – e que a primeira senhora classificada, foi Manuela Gonçalves, num Renault Clio Williams.
Como é habitual nas provas do CMS foram os homens da regularidade os primeiros a fazerem-se à pista procurando encontrar o melhor ritmo e conhecer o percurso que iriam depois percorrer por mais três vezes, uma para marcar como sempre o tempo de referência e as restantes duas para igualarem essa marca.
Mas tal como sucedeu com os homens do sprint fizeram apenas uma passagem de prova, com o CMS a colocar a segurança de todos os envolvidos no evento acima de todas as prioridades.
Ao contrário do que tem sido habitual nas provas do Clube de Motorismo de Setúbal, Nuno Veiga não venceu. A vitória ficou desta vez para p Peugeot 105 Rally de João Sarnento / Orlando Borges, que bateram a dupla Vasco Patrício / Ricardo Silva (Mazda Mx5), colocando-se Luis Gonçalves/Carlos Domingos – Toyota Corolla GT, no lugar mais baixo do pódio.
Não ganhando, Nuno Veiga e Tânia Duarte, garantiram ainda assim a melhor colocação entre os pilotos de
Almada, na categoria de Regularidade.
Fecha-se assim mais um capítulo deste ano fantástico para o CMS com mais um magnífico evento. O público compareceu em massa – a polícia aponta para um número de espectadores total, entre 18.000 e 20.000 – e a prova teve “só” uma das maiores visibilidades nacionais, pois através da Reuters, foi colocada em live- streaming em 750 canais mundiais. Presentes quatro canais de TV nacionais e entregues mais de 70 acreditações de imprensa, denotam bem o interesse que a prova despertou nos media nacionais.
Acompanhando os pedidos do CMS, o público teve um comportamento irrepreensível e demonstrou que o caminho escolhido de trazer as provas para a zona de Lisboa é uma aposta ganha.
Por isso mesmo o projecto para a repetição da prova em Almada em 2019, com as correcções e adaptações necessárias, vai já avançar em breve.
A Almada Extreme Sprint, confirmou plenamente o slogan: Digam a toda a gente que Almada está diferente.