Clássicos: domínio total de Flávio Sainhas em Murça
O campeão nacional voltou a não dar veleidades à oposição. Flávio Sainhas continua a colocar o seu Ford Escort MKI a rodar num patamar inalcançável para a concorrência e assim foi ao longo de todo o programa competitivo da Rampa Porca de Murça.
No fecho da jornada transmontana, Flávio Sainhas recolheu um pecúlio de 15,1 segundos de vantagem sobre o mais direto perseguidor, realizando as três melhores marcas nas três subidas de prova ene todos os concorrentes inscritos no CPCM JC Group, chegando assim à terceira vitória da temporada. Está aberta uma autêntica “autoestrada” para o “Diabo da Covilhã” renovar o título nacional!
Aplauso para Pedro Silva. O piloto da Sanguinho apresentou-se esta época com um bem preparado VW Golf S16 que começou por levar ao 3º lugar na Rampa da Penha e logrou agora conquistar de forma firme um magnífico 2º lugar em Murça, saltando para a terceira posição na tabela pontual do campeonato.
Quanto a Ricardo Loureiro, o piloto-edil de Guardão tem todas as razões para ter saído satisfeito da prova organizada pelo CAMI Motorsport. Não só viu o seu Ford Escort a rodar sem qualquer problema de fiabilidade, objetivo principal traçado por Loureiro e pela sua equipa técnica para a época presente, como ainda foi capaz de rodar de forma rápida, conseguindo garantir a presença no último degrau do pódio. Este 3º lugar era perseguido pelo piloto do Caramulo Racing Team desde o início da época e dá-lhe alento para tentar fazer ainda melhor nas próximas provas.
FPAK Júnior Team: Martim Pereira vence em Murça duelo aceso com Guilherme Silva
Foi uma luta emocionante e que prendeu a atenção de todos quantos estiveram em Murça. Os “jovens lobos” do FPAK Júnior Team disputaram taco-a-taco a honra de inscreverem o nome no troféu do vencedor da primeira prova na modalidade deste troféu. Martim Pereira acabou por se superiorizar, após uma luta titânica com Guilherme Silva.
Murça assinalou o arranque do FPAK Júnior Team, integrado no Campeonato de Portugal de Montanha JC Group. Este ano a Montanha é a nova modalidade a integrar o programa de desenvolvimento de jovens pilotos desenvolvido sob a égide da FPAK e conta com a participação de três jovens pilotos: João Barroso, Martim Pereira e Guilherme Silva.
O primeiro aplauso vai para a consistência e capacidade para não cometer erros graves por parte dos três jovens pilotos, sem que tal fosse óbice para uma enorme evolução dos tempos obtidos ao longo das sete subidas do fim-de-semana.
Foi notória essa capacidade de extrair pouco a puco todo o potencial dos 3 Citroen C1 preparados pela Befast Motorsport, fazendo mesmo com que os três “rookies” fossem capazes de se intrometerem e saírem vencedores na luta dos carros com motores até 1000cc.
Mas já lá vamos. Primeiro, a luta pelo triunfo no FAPK Júnior Team.
Aqui, foram dois os protagonistas principais: Martim Pereira e Guilherme Silva. Os dois são “segundas gerações” de clãs ligados à Montanha. Martim é filho de Matine Pereira e Guilherme tem como progenitores Daniela Marques e Paulo Silva. A competição está-lhes no sangue e provaram-no nos 4200 metros da pista de Murça.
Martim dominou o primeiro dia, embora vendo Guilherme se aproximar paulatinamente. No Domingo, o bracarense da PD Auto logrou ser mais rápido do que Martim Pereira na 2ª Subida de Prova, com os dois a adiarem a decisão da vitória para 3ª Subida que fechava o programa. Aqui, Martim foi notável e baixou em cerca de três segundos o seu melhor tempo, enquanto Guilherme não evitava um pequeno erro que lhe custou algum tempo.
Os dois pilotos do FPAK Júnior Team lograram ainda conquistar a “dobradinha” na Classe 21, onde estão inscritos os 5 Citroen C1 que competem na Montanha.
Estava selado com justiça o triunfo de Martim Pereira, com Guilherme Silva a ver premiada a sua exibição com um excelente 2º lugar. João Barroso foi 3ª e, se rodou sempre um pouco atrás dos dois adversários, foi capaz de evoluir mais de cinco segundos entre a primeira e a última subida de Prova, provando que terão de contar com ele nas provas que se seguem.
Legends: António Barros conquistou segundo triunfo consecutivo em Murça
Foi uma vitória construída com autoridade, a exemplo do que António Barros já tinha feito na Penha. O seu BMW M3 (E36) é uma arma letal e o piloto nortenho usa-a de forma extremamente eficaz.
No entanto, refira-se, a autoridade aplicada por António Barros nesta sua segunda presença no Campeonato de Portugal Legends de Montanha JC Group foi exercida com pressão por parte principalmente do regressado José Coimbra (Opel Astra), com o vila-realense a mover forte oposição a Barros, sendo mais rápido numa das subidas de treinos-
No Domingo, não só António Barros intensificou o ritmo, mas José Coimbra também enfrentou na segunda subida de prova alguns problemas de caixa de velocidades e a distância entre os dois cresceu ainda mais.
Barros concluiu a jornada com 9,2 segundos de vantagem sobre Coimbra e, com esta segunda robusta vitoria em duas provas efetuadas no CPLM JC Group, o piloto do M3 assume-se como o grande candidato ao título, caso mude de ideias e venha a disputar o campeonato a tempo inteiro.
Quanto a José Coimbra, voltou a provar porque foi vice-campeão nacional Legends de Montanha em 2023. Era bom para o campeonato que o piloto desse continuidade a esta presença em Murça.
Logo atrás, num sólido terceiro posto entre os Legends, encontrámos o talentoso Gonçalo Macedo, capaz de ostentar sempre um alto nível exibicional aos comandos do seu bem preparado Citroen Saxo. Lutou com José Coimbra pelo segundo posto mesmo até final, ficando apenas a 2,8 segundos do piloto do Astra.
Macedo levou de vencida com autoridade um naipe de pilotos muito competitivos, que habitualmente lutam pelas posições de pódio entre os Legends, entre os quais Miguel Gonçalves (BMW E36 Coupé), Celso Fonseca (Citroen Saxo) e Simplício Taveira (Peugeot 106 S16), que foram, respetivamente, quarto, quinto e sexto classificados.
Luís Nunes consegue mais um fim de semana perfeito
» Luís Nunes conseguiu mais um triunfo na sua categoria e mais uma presença no pódio à geral, repetindo o excelente resultado da rampa anterior
» O chefe da Nunes Sport voltou a estar intratável, impondo um ritmo fortíssimo em todo o fim de semana
» Com a liderança da sua categoria garantida, Nunes focou-se no pódio à geral e tirou dois segundos ao seu melhor registo do ano passado
Já começam a faltar adjetivos para as prestações de Luís Nunes no Campeonato de Portugal de Montanha JC Group. O piloto de Carrazedense voltou a estar em grande nível colecionando mais um triunfo na sua categoria, alcançando também o pódio à geral na Rampa Porca de Murça.
Apenas dois protótipos foram mais rápidos que o Skoda Fabia R5, assistido pela ARC Sport. Nunes esteve sempre na liderança da sua categoria e sempre no top 3 dos mais rápidos em todas as subidas. No entanto, o melhor estava guardado para o fim, com um tempo espantoso de 2:12.657, que selou a presença no pódio à geral, uma vez que o triunfo na categoria estava praticamente garantido.
Este foi mais um fim de semana perfeito, uma palavra que raramente é usada no desporto motorizado, mas que surge com frequência quando se fala do piloto da Nunes Sport. O sentimento final era obviamente de satisfação pelo triunfo e pela prestação: “Foi mais um fim de semana perfeito. Entramos muito fortes desde início e conseguimos manter o nível até ao final. Este triunfo acaba por ser ainda mais saboroso, pois consegui tirar dois segundos ao meu tempo do ano passado. É mais um recorde pessoal e creio ter sido a subida mais rápida de sempre nesta rampa, se excluirmos os protótipos. Em todas as subidas senti confiança no carro e a ARC Sport voltou a fazer um excelente trabalho. A afinação esteve sempre ao meu gosto e isso refletiu-se nos tempos conquistados”.
O destaque vai para a última sua última subida, em que logrou tirar dois segundos ao tempo conquistado no ano passado, um feito notável: “Na última subida arrisquei mais. Senti a pressão dos GT´s, que se aproximaram do meu tempo, mas estava determinado em manter-me no pódio à geral. Ataquei muito e consegui o pódio, superando a minha marca do ano passado. Fiquei muito satisfeito com o tempo e com a minha subida”
Esta sucessão de resultados pode enganar quem pensa que estes triunfos surgem facilmente. Mas, como se diz, a sorte dá muito trabalho: “Apesar dos bons resultados, nunca descuramos a nossa preparação. Continuamos sempre a treinar e a tentar encontrar o que nos pode tornar mais rápidos. E a nossa vontade é mantermos este rumo. As vitórias não nos fazem baixar a guarda. É a nossa mentalidade, queremos estar sempre focados em fazer o melhor e é o que devemos a quem nos acompanha. Aos nossos patrocinadores, amigos e família. São eles que nos motivam, que nos apoiam e estes resultados são também para eles.
A próxima prova é a mítica rampa da Falperra, agendada de 17 a 19 de maio.